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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Photo Dojo DS


A fama dos jogos de luta não é recente. Quem não se lembra da velha e boa série Fatal Fury ou de Street Fighter II? O 2D foi só o começo... Mas com o avanço da tecnologia as produtoras viram-se obrigadas a introduzir um maior “realismo” nos seus jogos. Foi então que começou a surgir a captura de movimentos e digitalização de sprites baseados em actores reais, que faziam as mais variadas acções para depois serem incorporadas no jogo e enriquecidas com efeitos especiais. Títulos como Mortal Kombat, Jackie Chan in Fists of Fire ou mesmo o jogo do filme baseado em Street Fighter tentavam captar essa essência. E eis que surge uma pergunta: quem nunca quis entrar num jogo de luta? A Nintendo pensou sobre o assunto e decidiu que para criarmos ataques, gritos de guerra, músicas e cenários, seria mais fácil fotografarmos nós próprios os movimentos e gravar os sons. Assim nasceu Photo Dojo para o DSiWare, uma aplicação a preço de amigo, divertida, mas com as suas limitações.

Olha para mim a fazer um Hadouken!
Ao iniciar o jogo somos obrigados a criar o nosso primeiro lutador por um processo que, apesar de objectivo, ainda leva o seu tempo até conseguir um resultado de qualidade. Teria sido melhor se a Nintendo tivesse introduzido uma personagem de exemplo (mesmo que não fosse uma pessoa “real”) para podermos saltar de imediato para a acção se assim o quiséssemos.

Para começar, tiramos algumas fotos nas diversas posições: a dar murros e pontapés, a saltar, defender e por aí em diante. Basta apenas simular esses actos, não precisamos de os fazer no momento exacto em que se tira a foto. Depois são precisas fotos extra para o nosso ataque especial, retrato da selecção de personagens e uma outra para a posição de vitória. As fotos têm de ser enquadradas em posições pré-definidas, não somos nós que as cortamos ao nosso belo-prazer. Isto faz com que as personagens fiquem com as mesmas motions, mas dependendo do estilo de luta podemos obter movimentos especiais diferentes. Depois gravamos os sons para essas mesmas animações. Vale tudo – gritos, palavrões, estrangeirismos…, desde que não passem a duração estipulada (cerca de três segundos). Também têm de fotografar os cenários que podem alterar se ficarem fartos de ver sempre o mesmo, tudo ao critério da nossa imaginação. As musicas para os cenários estão pré-definidas e a Nintendo podia ter dado a possibilidade de gravarmos os nossos proprios temas.

O cenário pode ser qualquer coisa, até o vosso animal de estimação.

Em relação a modos de jogo, são poucos os que temos ao dispor. Apenas o clássico um-contra-um e um outro modo a solo onde temos de derrotar 100 inimigos ao estilo Streets of Rage. O problema neste último é que a nossa personagem nunca pode voltar-se ou andar para trás, nem os inimigos podem fazer isso. Caso passem por eles, eles voltam a aparecer no outro lado do ecrã até perfazermos as 100 derrotas. Aqui podiam ter sido incluindo items como bastões ou barris para atirar contra os adversários, e em vez de ser uma correria até ao fim do nível, podia ter um estilo mais pausado, tal como os verdadeiros beat`em ups nos habituaram. No caso de terem apenas uma personagem, esta repete-se até ao fim. Quanto ao multijogador, serve para duas pessoas na mesma DSi. Parece estranho, mas na prática até funciona bem. Os quatro botões e o gatilho R servem de “comando” para um dos jogadores, o D-Pad e o gatilho L para o outro. Os ataques são feitos com o pressionar de uma direcção e do mesmo botão de ataque, um pouco como em Super Smash Bros. O ataque especial fica armazenado no ecrã de baixo e basta tocar-lhe para soltar a nossa fúria num terrível ataque.

Conclusão

Photo Dojo não quer ser um verdadeiro fighting game mas uma parodia aos clichés que tão bem conhecemos. Mesmo com limitações é uma proposta capaz de entreter e arrancar uma boas gargalhadas se tiverem um grupo de amigos divertido. O preço é bastante em conta e vale pela oferta. Se querem um jogo de luta competitivo este está muito longe de o ser, mas se quiserem apenas passar uns bons momentos a imitar "sonic booms" e "shoryukens" esta é a proposta indicada. Só fica mesmo a faltar umas "fatalities".




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